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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Monastério - História de Terror



O ano era de 1432, já era noite quando o sino do portão do monastério tocou. Frei Romeu correu para ver quem era segurando somente uma tocha na mão. Ele era o responsável pelo portão e segurança do monastério, pois havia muitos ladrões nas vilas vizinhas roubando o pouco que eles produziam.

“Quem é você?” – perguntou Romeu.

“Meu nome é Joel, estou viajando e preciso de um abrigo. Tem uma tempestade vindo do norte posso me ferir se eu ficar exposto.”

Frei Romeu olhou para o céu e viu nuvens carregadas se aproximando do monastério. Abriu o portão e deixou o homem entrar. Era obrigação da igreja dar abrigo para as pessoas que necessitavam.

“Para onde está indo Joel?”

“No momento para nenhum lugar e para todos ao mesmo tempo.”

“Bem estranha sua resposta, mas tudo bem. Você vai ficar no celeiro com os cavalos, não é permitida a entrada de forasteiros no alojamento. Se quiser pode assistir a missa e comer na cozinha”


“Não tem problema, até gosto de animais e prefiro ficar por aqui mesmo, tenho minha própria comida não se preocupe.”


Os dois escutaram o sino do portão e olharam em sua direção.

“Deve ser mais gente querendo abrigo.” – disse Romeu.

“Vou me recolher e dormir, pois estou muito cansado, nos vemos amanhã. Obrigado pela ajuda.” – respondeu o visitante.

Frei Romeu correu para o portão e abriu a pequena janela, lá fora um homem muito feio com roupa de frade montado em cavalo negro esperava ser atendido.

“Sou Frei Hermes, fui transferido para este monastério pela nossa congregação” – disse o homem estendendo a mão com um pergaminho enrolado.

A porta foi aberta imediatamente e o novo morador entrou.

“Seja bem vindo irmão Hermes, eu levarei seu cavalo para o estábulo e você pode entrar no mosteiro, pergunte pelo irmão Mark ele vai te orientar e mostrar seu quarto.”

O estranho foi para a entrada do monastério e Frei Romeu foi colocar o cavalo nos estábulos. Entrou de vagar para não acordar Joel, pois sabia que ele estava muito cansado e não queria incomodar, mas o cavalo deu um pulo para trás e relinchou alto. Romeu tentou controlar o cavalo de todas maneiras mas não pôde.

“De onde veio esse cavalo? – perguntou Joel gritando.”

O cavalo saltou e derrubou Frei Romeu com as patas da frente e correu assustado para a escuridão da noite.

“De onde veio esse cavalo?” – questionou Joel sacudindo o frade.

“É de um frade que acaba de chegar. O que esta acontecendo?”

“Onde esta ele?”

“Não sei, deve estar na sala de jantar com os outros frades, pois já estão comendo. Por que você esta agindo assim?”

“Guie-me até lá, com sorte seus companheiros ainda estarão vivos.”

Joel abriu sua sacola e pegou um punhal de prata e um crucifixo de madeira e os dois correram para o prédio. Quando se aproximaram um pouco puderam ouvir gritos, gemidos e grunhidos animalescos. Romeu estava pálido, não sabia o que fazer e estava com medo. O que poderia estar causando tal confusão?

Joel abriu a porta da sala de jantar com um chute, o que mais temia tinha acontecido. Frei Romeu olhou com terror aquela cena. A sala estava cheia de sangue, corpos mutilados estavam em cima das mesas onde os frades comiam. O frei recém chegado havia se transformado, no lugar dos pés havia cascos, suas mãos agora eram garras, a pele se transformou em couro e os olhos estavam grandes e vermelhos.

A criatura olhou para Joel e gritou com ódio.

“Surpresa.” – disse Joel com um sorriso sínico para o demônio.

“Joel, veio se juntar ao meu jantar?”

“Não, vim acabar de vez com sua maldade. Você foi realmente inocente de ter mordido a minha isca. Seu chefe ficará desapontado quando souber da sua derrota.”

Os dois saltaram um em cima do outro e começaram a lutar. O demônio arremessava Joel nas paredes mas ele agüentava tudo com uma resistência sobre humana. Os frades que ainda estavam vivos observavam tudo com terror, se agarravam as suas cruzes e rezavam. Notaram que Joel tentava acertar a criatura com o punhal ou o crucifixo, mas o demônio era muito ágil. A luta continuou e a sala estava cada vez mais destruída e o demônio parecia estar ganhando a batalha.

Joel deixou o crucifixo cair no chão e o demônio riu. Agora com uma das mãos ele tentava segurar as garras que apertavam seu pescoço contra a parede. Frei Romeu olhou para os olhos de Joel que lhe pediam ajuda e correu em direção aos dois. Os outros frades tentaram segurá-lo, mas ele se recusou a ficar de braços cruzado então foi ao encontro dos dois, pegou o crucifixo do chão e o apertou com toda sua força contra as costas do demônio. Os símbolos cravejados no crucifixo iluminaram-se e o crucifixo começou a ser enterrado no corpo da criatura que a esse ponto havia soltado Joel e gritava rolando pelo chão tentando arrancar o objeto das costas.

“Ajudem-me a segura-lo com a barriga para cima” – gritou Joel.

Os frades saltaram em cima do monstro que já estava fraco e o seguram. Joel enfiou o punhal no estomago da besta que urrou de dor e tentou se revirar, mas os frades o mantinha deitado.

“Ele vai morrer?” – perguntou Romeu.

“Não precisamos levá-lo para o calabouço subterrâneo e prende-lo lá.”

“Mas ele é muito forte, vai romper as corretes.” – indagou um dos frades.

“Que calabouço é esse? Eu moro aqui há anos e nunca ouvi falar disso” – questionou Romeu.

“Somente alto clero o conhece, são secretos e usados para a inquisição. E ele não vai romper nada, o crucifixo e o punhal ficarão dentro para que não tenha força, funcionam como um tipo de prisão.”

Eles levaram o demônio para o calabouço e prenderam em uma mesa de tortura usada durante inquisição. Romeu olhou com terror ao ver esqueletos de humanos por toda parte e imaginou o sofrimento das pessoas presas naquele lugar.

“É o seu dever guardar esse demônio para ter certeza que ele não fuja, ele é imortal e somente está adormecido por que o punhal e a cruz o enfraquecem.” – disse Joel subindo as escadas.

“Quem é você?” – perguntou Romeu.

Ele não respondeu, todos foram atrás de Joel, mas ele já tinha desaparecido. Por centenas de anos os frades daquele monastério têm cuidado do demônio que continua adormecido no calabouço, mas seu espírito tenta dominar a mente dos frades para que o libertem e finalmente possa mais uma vez voltar ao exército do diabo.

19 comentários:

Unknown disse...

lol

Anônimo disse...

lol 2x

Elecktra disse...

LEGAL

luan santana disse...

mt top

Cantinho da Rana disse...

muito loko adorei

Larissa disse...

nao entendi muito no comesso mais na segunda ves que eu li entendi muito paranormal e nem e de terror e sim suspence

Katia disse...

Achei muito legal, o Joel e praticamente um anjo da guarda dos frades!!!
Foi a melhor q ja li.

Katia disse...

Achei muito legal, o Joel e praticamente um anjo da guarda dos frades!!!
Foi a melhor q ja li.

Luísa disse...

Muito legal, adorei!

ninguem disse...

nossa muito loco meu, inspirador e emocionante, mó dahora!

Julia Gabriele disse...

Gostaria de contar uma coisa que aconteceu comigo.Isso não foi muito estranho ou sobrenatural mas me deu medo.

Uma vez estava-mos eu,meu irmão e meus pais estava-mos dormindo em casa,mas eu acordei e estava indo até a csinha que fica perto da sala,(como a minha casa é pequena então os cômodos são bem próximos) então quando eu estava indo até a csinha ouvi algo batendo na porta.Fui olhar pela janela mas não havia nada e o cachorro não tinha latido,aí quando voltei para o quarto ouvi novamenteas batida.Com medo me cobri e fiquei segurando o terço e o crucifíxo,e foi nesse momento que peguei os objetos que o barulho parou.Depois desse dia o fato não voutou a ser repetir mesmo que eu não estivesse com os mesmos objetos...

Anônimo disse...

estou lendo cada Historia daqui e AMANDO ! Tem umas que são de Arrepiar , tem outras que nem tanto, mas mesmo assim ...As melhores ! Parabéns pra vocês do blog .

David Alvim disse...

Blogueira Blogastica

Certa vez aconteceu algo parecido comigo.
Moro em São Paulo, na cobertura de um prédio de dois blocos, sendo assim, na cobertura a duas entradas sendo uma pelo bloco A e outro pelo B. As mesmas são trancadas com um trinco o qual já está enferrujado devido ao longo tempo sem manutenção.
Certa noite dentro de casa usando o computador, ouvi a porta de entrada para o bloco B bater interruptamente, contrariado fui em direção a ela para tranca-la, como o trinco estava enferrujado é difícil fechar e abrir a porta sem usar da força, após fechar a mesma voltei a fazer o que estava fazendo, e 5 minutos depois a porta começou a bater novamente, fato que me incomodou muito devido o a dificuldade para abrir a porta mesmo usando a força.
Após isso, apenas observei e resolvi não fecha-la novamente, rezei e fui dormir. No dia seguinte, bem cedo saindo para ir a escola, notei a porta trancada, como se nada houvesse acontecido.

Anônimo disse...

nossa q conto

maria vitória disse...

E um conto

Projeto Héroi disse...

Bomzinho!

Anônimo disse...

Quem será esse tal de Joel?

Anônimo disse...

Mais o menos,não sei ao certo o sentimento que isso me da medo e que não e ,isso e legal?

Anônimo disse...

Meu deus que medo