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sábado, 22 de maio de 2021

Histórias de Terror - Criaturas Macabras - Dybbuk



O homem acorda no meio da noite com uma dor forte na cabeça. Ele tenta se levantar, mas seu corpo não obedece. Ele tenta gritar para avisar sua esposa de sua aflição, mas sua língua esta torcida e dura. Uma sensação estranha toma conta do seu corpo, ele sente um líquido escorrendo por seus ouvidos. Sua visão escurece, seu corpo para de funcionar. Espelhando seu caráter em vida, seu espírito se deforma em uma imagem grotesca. Uma porta se abre, fogo e gritos de horror vem de dentro e ele foge na direção oposta, pois ele ainda quer viver, de qualquer forma.

DYBBUK

Hoje nós vamos falar do Dybbuk, uma criatura da crença judaica que tem como principal objetivo possuir os corpos dos vivos.

No judaísmo ele é retratado como um espírito desencarnado. É a alma de alguém que morreu, mas é incapaz de seguir seu caminho. Nesse caso, a possessão se difere a possessão demoníaca. Presumindo a existência da vida após a morte em que os ímpios são punidos, o dybbuk é descrito como um pecador que busca refúgio das punições da vida espiritual. Uma variação na história diz que o Dybbuk é uma alma que foi desligada de Deus por causa das más ações que a pessoa cometeu durante sua vida. Outra teoria diz que os dybbuks são espíritos que têm negócios pendentes entre os vivos e querem resolver tais negócios a qualquer preço, mesmo que seja possuindo o corpo de uma pessoa viva.

Muitas histórias sobre o dybbuk afirmam que, como os espíritos estão alojados dentro dos corpos, os espíritos errantes devem possuir uma coisa viva. Em alguns casos, pode ser uma folha de grama ou um animal, embora frequentemente uma pessoa seja a escolha preferida do dybbuk.

Mas há também a possibilidade que essas criaturas possam possuir objetos sem vida própria, tais como bonecas, estátuas e até mesmo caixas de madeira. Muitos espíritos, ficam apegados a objetos aos quais gostavam muito enquanto estavam vivos. Por isso devemos tomar muito cuidado quando compramos objetos pessoais usados.

Recentemente um objeto que tomou fama é chamado dybbuk box.

De acordo com a história, um homem chamado Kevin Mannis comprou a caixa em uma liquidação de propriedade em 2001. Ela pertencia a uma sobrevivente do Holocausto na Polônia que fugiu para a Espanha onde ela adquiriu a caixa antes de sua imigração para os Estados Unidos . Ao saber que a caixa era herança de família, ele ofereceu a caixa de volta, mas a neta da antiga dona insistiu que ele a levasse, dizendo que a família não queria a caixa. Ela disse a ele que a caixa havia sido mantida na sala de costura de sua avó e nunca foi aberta porque um dybbuk morava dentro dela.

Ao abrir a caixa, Kevin descobriu que continha dois centavos dos anos 1920, uma mecha de cabelo louro e outra de cabelo castanho amarrada com cordão, uma pequena estátua gravada com a palavra hebraica "shalom", um pequena taça de vinho dourada, um botão de rosa seco e um único castiçal com quatro pernas em forma de polvo.

Desde então vários proprietários da caixa relataram que fenômenos estranhos a acompanham. Kevin disse que teve uma série de pesadelos horríveis que foram compartilhados com hóspedes em sua casa . Sua mãe sofreu um derrame no mesmo dia em que ele lhe deu a caixa como presente de aniversário, no dia 31 de outubro. Todos os proprietários da caixa relataram que sentiram cheiro de urina de animal ou de jasmim e tiveram pesadelos envolvendo uma velha bruxa.

Iosif Neitzke, um estudante da Truman State University em Kirksville, Missouri foi a última pessoa a leiloar a caixa no eBay, ele afirmou que a caixa fez com que alguns aparelhos eletrônicos queimassem em sua casa, onde também houve uma infestação de insetos e fez o cabelo de seu colega quarto cair. Jason Haxton, diretor do Museu de Medicina Osteopática em Kirksville, estava acompanhando os blogs de Neitzke sobre a caixa e quando ele estava pronto para se livrar dela, Haxton disse que a compraria. Haxton afirmou que subsequentemente desenvolveu estranhos problemas de saúde, incluindo urticária, tosse com sangue e "vergões da cabeça aos pés". Haxton consultou rabinos para tentar descobrir uma maneira de selar o dybbuk na caixa novamente. Aparentemente bem-sucedido, ele pegou a caixa recém-lacrada e a escondeu em um local secreto. Tempos depois, ele doou a caixa para Zak Bagans do programa de televisão Destino Paranormal para que a caixa pudesse ser exibida em seu museu.

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